29 de ago. de 2009

TÉCNICA DO FEEDBACK



O caso da supervisora.

Quando aplicar feedback, não faça julgamentos, para isso não comece frase com “Eu acho que...” Vai parecer uma crítica e se o funcionário entender com uma crítica, vai se fechar e não receber como algo construtivo.

Utilize frases que focalizem o problema, evidencie e mostre as conseqüência. Por exemplo, inicie com “Quando é feito dessa forma, ... traz esta conseqüência... Para evitar que isso aconteça... “ Ou, se for o caso, pergunte: “O que deve ser feito? “

Quando faz o funcionário mesmo diz, terá mais força de compromisso, do que quando o líder disser.

Vamos ao caso da supervisora:

A supervisora chama a funcionária para o feedback:

- Mariana, quando um funcionário se ausenta do trabalho durante muito tempo, a conseqüência é atraso no trabalho, além de passar para as pessoas na empresa, a falta de compromisso.

- Não pode então, tomar um cafezinho e espairecer um pouco das tarefas?. O Gerente concordou comigo, quando falei com ele.

- Sim, todos nós podemos, porém, para evitar atrasos de tarefas e evitar passar a idéia de que se abandona o posto de trabalho, o que deve ser feito?

- Ir tomar café e voltar rapidamente para o posto do trabalho. É isso o que faço.

- Depois da nossa última conversa e, para evidenciar este meu feedback a você, anotei algumas ausências sua, somente para tomar cafezinho, excluindo outras saídas do posto, como ir ao toalete, e saídas a trabalho, veja estas anotações.

- Nossa! Tudo isso?

- Esse é o fato que estou demonstrando a você. Pergunto então, o que pode ser feito para se mudar esta situação? (Extraindo da funcionária uma atitude).

- Sair menos do posto de trabalho e reduzir o tempo, quando estiver no cafezinho. (atitude).

- Posso contar com isso? (compromisso).

- Pode. (comprometido).

- Obrigado, sabia que você compreenderia a situação.

Essa é a forma adequada de dar feedback. O líuder deve pontuar com fatos e dados o que diz ao funcionário, para que analise o ocorrido e conclua pela forma mais acertada.


A. J. Limão
Professor, consultor, conferencista e autor de livros sobre Liderança e Negociação Contatos: limão@limao.pro.br Site: www.limao.pro.br . F 11 4238-8888.

23 de ago. de 2009

O PROFISSIONAL ANSIOSO


A.J. Limão Ervilha
A ansiedade atrapalha a vida do profissional

Ansiedade é a predisposição em perceber uma situação como ameaçadora e se preparar para ela. Quando o nível da ansiedade sai do estado emocional e provoca respostas fisiológicas, é sinal de que está atrapalhando a vida do profissional. Essa predisposição é benéfica, porém, quando atinge o estado somático, causa transtornos indesejáveis para o profissional. Um profissional em um estado de ansiedade pode ficar nervoso, transpirar em excesso, gaguejar e não se lembrar de tudo que tem que fazer em um determinado momento.

Imagine aquele profissional em que seu estado de ansiedade provoque diarréia e durante uma apresentação do seu trabalho, interrompe e vai para o bwc. Recentemente em uma empresa que aplico coaching, um gerente, depois de cumprir ordens de demitir algumas pessoas, ficou tão mal que teve que se afastar por uns dias das suas funções. Essas situações de ansiedade atrapalham a vida do profissional. Nesta semana, falei sobre esse assunto em uma entrevista no Portal TI Master, sobre ansiedade.




Lidando com a ansiedade

A forma de lidar com a ansiedade é manter o equilíbrio emocional e para fazer isso basta ponderar as situações com fatos e dados. Ter consciência de si mesmo, das suas habilidades, capacidade de realizar e dedicação também ajudam. Dessa maneira irá evitar se preocupar demais com algum tipo de problema. Se dominar os pensamentos negativos, não terá receio ou medo das situações, que é o estado inicial da ansiedade. Recomendo aos profissionais com alto grau de ansiedade durante o coaching, para que quando tiver um trabalho para apresentar, se prepare muito bem antes e depois, deixe fluir. Nesta situação basta lembrar a biografia de Julio Cesar que ao de tomar Roma durante a Guerra Civil, antes de enfrentar Pompeu, disse à beira do Rio Rubião: “A sorte está lançada”. Tudo o que ele precisava fazer, já tinha feito, bastava agora se lançar ao que se propôs.




Como identificar o profissional ansioso?

O mais comum de se identificar o profissional ansioso é observar aquela pessoa que é muito agitada. Que começa a fazer algo e não termina, para iniciar outra logo em seguida, se interessa por muitas coisas ao mesmo tempo. O outro modo é identificar pessoas com dificuldade de concentração. Também aquela que se irrita facilmente. Ou ainda aquela pessoa de comportamento instável. Conheço profissionais que tem cacoetes, como passar a mão no nariz, por exemplo. Um executivo que conheço faz ruído com as narinas, incomoda muito quem o está ouvindo. Há aquele profissional que antes de fazer um trabalho, vai ao bwc urinar muitas vezes. Alguns traduzem a ansiedade na compulsão para comer. Outros que fumam demais, aliás, agora com sérios problemas devido a proibição do fumo em locais fechados. Existem várias formas e nós mesmos temos algum tipo de ansiedade. Eu por exemplo, tenho “frio na barriga”, quando tenho muito trabalho a fazer.


O profissional na empresa e as consequências da ansiedade

Certo nível de ansiedade como já disse é “saudável”. Faz com que sejamos mais cautelosos e tenhamos uma preocupação necessária com o trabalho a ser feito. De um modo geral a ansiedade emocional, prepara nosso organismo para encarar as situações e nelas, ativar nosso sistema nervoso autônomo, descarregando em ações. O que não pode ocorrer nas empresas é o estado de ansiedade descontrolada que prejudica o profissional nas suas atribuições. Uma ocasião li em uma entrevista do Silvio Santos, que até hoje sente um “frio na barriga” antes dos seus programas. O que faz é entrar antes de iniciar a gravação e conversar e brincar com o auditório, para sentir-se mais tranquilo. Outra entrevista sobre Chico Buarque de Holanda, também revela que tem muita ansiedade antes de suas apresentações. Os atletas autoconfiantes tem mais ansiedade durante suas apresentações, que aqueles que estão crescendo em performance, segundo estudo sobre ansiedade, publicada na Revista Conexões, sobre jogadores de futsal.


O profissional lidando com sua ansiedade

A forma de ajudar o profissional é aplicar coaching pelos seus gerentes. Mostrar como o profissional pode controlar seu estado emocional. Fazer com que ele tenha segurança daquilo que faz. A primeira delas é a pessoa sentir-se bem consigo mesma. Demonstrar como trabalhar as tensões inevitáveis do trabalho. Dar-lhe a confiança necessária para que se sinta no controle da tarefa.

Na autoconfiança de um profissional, também há ansiedade, a única diferença é que ele sabe como controlar seu estado. Agora, se a ansiedade estiver atingindo estados de medo ou de pânico, é recomendável procurar um terapeuta. Existem técnicas e tratamentos psicoterápicos que permitem o controle da ansiedade.


Ansiedade é uma doença?

A ansiedade pode apresentar um quadro clinico complexo, estudiosos do assunto dizem que a ansiedade pode levar a doenças em diversos estados até a fobia. Primeiro é o seu estado de agitação psicomotora, sem coordenação e totalmente improdutiva. Segundo seu estado somático, com falta de ar, transpiração, palpitações, dores no peito, distúrbios gastrointestinais, secura na boca e dificuldades de comunicação e de desempenho. Ao sentir insegurança e ameaçado, isola-se e entra em prostração, seguido de desencanto com a vida e depressão. Recentemente postei em meu blog
http://limaoespremido.blogspot.com/ uma matéria com o título: Gestor Afastado das suas Funções, onde abordo as consequências das doenças que afetam o profissional nas empresas.






A. J. Limão Ervilha
É palestrante, professor, consultor de empresas e autor de livros sobre liderança, negociação e vendas. Especialização em Marketing pela New York State University.



Certificação internacional em Coaching e Licensed em DHE - Design Human Engineering® and The Society of NLP™. Foi executivo nas empresas Fleischamann & Royal (Kraft Foods), Santa Marina (Saint Gobain), Incepa (Laufen), Portobello e Eletrolux. Dedica-se a consultoria, coaching, treinamentos e desenvolvimento de Líderes.






Site: www.limao.pro.br Contatos: limao@limao.pro.brFone: 11 4238-8888





15 de ago. de 2009

O bate-papo animado do cafezinho.

Como dar feedbak nesse caso?

Uma supervisora se incomodava quando uma funcionária ia tomar cafezinho muitas vezes ao dia. A ausência dela na mesa de trabalho causava alguns incômodos, como atrasos na execução das tarefas, o gerente da área que não a via no seu posto perguntava, além de outros gerentes e diretores a verem freqüentemente no cafezinho. Quando aplicou o feedback, à funcionária, respondeu, “não posso então, tomar um cafezinho e espairecer um pouco das tarefas?” .
A supervisora, explicou que se preocupava com o julgamento das pessoas que a via freqüentemente no café, que podia “pegar mal” para ela além de outras considerações e que gerou uma discussão improdutiva e a funcionária reclamou ao gerente que a supervisora implicava com ela e continuou com o seu hábito: cafezinho e bate-papo.


Durante o coaching com a supervisora, orientamos para que fizesse da seguinte forma:



1º.) Anotar a ausência da funcionária durante os cafezinhos.


Então, constatou: 20, 10, 15, 20, 15, 20, 10 cada vez que saía do seu posto para tomar café, o que equivalia a uma hora e meia por dia.



2º.) Conversar com o gerente sobre a situação que a levou a dar o feedback, a falta de dedicação da funcionária nas suas atividades. Mostrou as anotações e ele achou um abuso, já que durante a semana o total de horas não trabalhada era equivalente a 8 horas, ou seja um dia a menos de trabalho e no mês seriam 4 dias, quase uma semana de cafezinho. Assim, deu todo apoio para a supervisora.



3º.) Esta, voltou a falar com a funcionária, aplicando corretamente a técnica do feedback.

No próximo post, mostraremos a fórmula da aplicação do feedback.

A. J. Limão ErvilhaProfessor, consultor, conferencista e autor de livros sobre Liderança e Negociação Contatos:
limão@limao.pro.br Site: www.limao.pro.br . F 11 4238-8888.